sábado, 31 de dezembro de 2011

idas à praia


Para todos aqueles que estão a odiar-me por eu estar no Brasil, tenho a informar-vos que não vale a pena todo esse sentimento porque desde que cheguei ainda só fui à praia 6 vezes. Isto a contar com os três dias de sol que apanhei na ilha do mel ... portanto em Floripa fui uma vez à Barra, outra vez à mole e sim no meu aniversário o sol foi um amor e esteve todo o dia comigo, o que fez com que estivesse todo o dia com o rabo ao sol na Mole. 

Varandas

E finalmente depois de muitas tentativas falhadas ou porque o Zé estava morto ou porque o Varandas estava cheio consegui ter uma noite à séria. Desta vez despachei-me cedo, a Julia veio ter cá a casa com uma amiga e o Daniel também apareceu cedo. Fomos directos para o Varandas e foi maravilhoso. Todo aquele calor humano de novo, as mesmas caras e caras novas, os músicos que me reconheceram logo, ouvir todos aqueles clássicos. Beber aquela caipira super forte e dançar toda mas toda a noite com todo o mundo. 
" E aí moça, cê qué dançar?" voltou a ser a frase mais ouvida :)

O final dessa noite foi incrível parecia que estávamos em pleno carnaval dentro do Varandas, todo o mundo a dançar e a pular, apitos, tambores tudo ao rubro, foi lindoooooo!
Foi todo o mundo embora mais cedo, eu fiquei até ao final sozinha, quando sai começou a chover e apanhei a molha do ano até a casa. Cheguei totalmente ensopada! Mas soube tão bem, fez-me realmente dar valor ao estar num país tropical novamente. 

Natal no Brasil

Não tinha grandes expectativas em relação ao Natal no Brasil, na verdade a única esperança que tinha era que tivesse sol no Natal e pronto, mas não, nada disso. Choveu na noite de 24, choveu no dia de 25 e por aí fora...

Acho que só dei conta que era dia 24 mesmo na hora de cozinhar, a noite antes tinha sido de churrasco na casa da Mirian e do Lobo e depois de muito samba rock num bar novo nas Rendeiras, a tarde de 24 foi passada no brechô (venda de roupas em 2ª mão) que a Pri faz para ajudar os animais. 

Não achei muito estranho o Natal longe da minha família, na verdade cada vez menos dou menos importância ao Natal e esta iria ser uma experiência nova. Passei o Natal com a Pri, o seu amigo Vinicius, na casa da mãe da Pri e ainda com o Eduardo o irmão dela, que veio de São Paulo. Foi muito divertido, comemos muito e muito bem. Tivemos bacalhau assado no forno que eu fiz questão de trazer, queijo e chouriço de Portugal e arroz à grega, um prato típico do Natal cá e ainda Chester uma espécie de perú. Estava tudo muito bom e para sobremesa mousse de maracujá e chocolate. Aqui nem se troca prendas e às 24h deseja-se um feliz natal.

A Pri ofereceu-me um fio com o São Francisco, o padroeiro dos animais e abri o postal da minha mãe e o presenta da Élia.  

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O reencontro...

Finalmente chegou o dia de reencontrar a Magali e por acréscimo a Lindinha, que agora se chama Flôr. A Camila e o João têm feito de casa de apoio para a Maga. Foi lindo o reencontro ela reconheceu-me e ficou completamente louca e para meu espanto a Lindinha também reconheceu mas ficou meia desconfiada a pensar que iria regressar e sair da casa onde agora pertence. 

Fiquei uns dias em casa da Pri com a Maga e os restantes, mas ela desta vez não me largou um segundo tal e qual uma sombra minha. Os dias não têm estado bons portanto depois de um bom banho que lhe dei os dias têm sido passados no sofá com ela e os restantes. 

E eu continuo a só querer levá-la para Portugal :)

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ilha do Mel

Nossa, a Ilha do Mel é um sonho... não vou conseguir descrever tudo o que senti lá, foi tanto e tão intenso que decidi para o ano voltar. 
Uma ilha pequena, sem qualquer veículo a motor, sem alcatrão, sem luz nas trilhas de noite...mesmo perfeitinha. Dá para fazer a ilha de um lado ao outro a pé, a água é quente e transparente de um lado e um oceano bravo ideal para surfistas do outro. 
A parte chata é chegar até lá de transportes, é preciso pegar um ônibus em Curitiba para Pontal do Sul que leva uma manhã inteira e depois pegar o barco que atravessa a baía em 30 minutos. Só temos de escolher se queremos ir para Brasília ou Encantadas, nós escolhemos a segunda opção.

À chegada temos imensos restaurantes e botecos e outras tantas pousadas e hosteis. Fomos para o Encantadas Ecologic Hostel e fomos muito bem recebidos. O Pedro (responsável/dono) preparou-nos um café da manhã divinal, completo e com muita vitamina e conversou connosco horas e horas. 

Visitámos praticamente tudo o que havia na ilha, só faltou a Fortaleza, já não deu tempo e estava muito calor, mas fica para a próxima. Há coisas que acontecem de propósito para voltarmos aos lugares onde mais gostámos de estar. Fomos à gruta, ao farol, bebemos água da bica, fizemos as trilhas, comemos bem e no meio disto conhecemos o Roger, um paulista de Bauru, do interior de São Paulo que nos fez imensa companhia. 

Pegámos muito sol, o Zé Mário quase que apodrecia dentro de água e eu quase que ficava lá de vez :)

Encantadas é minúsculo e mesmo assim tem uma Associação de Moradores que faz imensas coisas pelo local e pelas pessoas, fiquei fascinada. Brasília é um pouco maior, ou então tem mais restaurantes e lojinhas, mas já é demasiado comercial e é muito confuso, tem demasiadas trilhas não identificadas que me deixaram confusa de dia, quanto mais de noite sem luz. 

















Pensei muito, escrevi imenso e foi lá que decidi que no próximo ano quero parar um ano, viajar, fazer voluntariado (aquele projecto que tenho debaixo de olho há 5 anos) e se tudo der certo ajudar o Pedro aqui no Hostel em troca de estadia na temporada alta. 


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Curitiba = 1000 km/h

Acabada de chegar em Curitiba tratei das passagens para a Ilha do Mel, infelizmente o trem que liga Curitiba a Parananguá já estava lotado, tive de comprar passagem de ônibus com muita tristeza. Dizem que esse passeio de trem é imperdível. Fui a correr com a Gladys para a reunião que tinha com o editor Fábio Campana e com o fotografo Dico Kremer por causa do futuro lançamento de um livro meu. A ideia inicial era transformar aqui o meu mais que tudo num livro ou então fazer um livro só da viagem final que fiz no verão com a minha mãe pelo Brasil. Mas entretanto optámos por uma compilação de fotos dessa viagem e de todos os lugares que conheci no Brasil e ainda uma pequena descrição minha do momento, do que senti no momento. Será um pouco a minha visão do Brasil. Portanto tenho que começar a trabalhar forte neste projecto. 

Há uma coisa que adoro quando estou em Curitiba, é a imensa comida fantástica e típica que a Adriana (empregada da Gladys) faz, nossa é divinal. Chego a levantar-me a meio da noite para comer feijão com arroz. 

No sábado acordei bem cedo, tinha muitas coisas para fazer e ver... Fui conhecer Sta Felicidade e aí fomos também a casa do fotografo conhecer o estúdio e acabei por não dar pelas horas passarem, fiquei à conversa com ele e a mulher, já viveram em Portugal 8 anos e são apaixonados pelo país, na verdade são apaixonados pela vida. 
Nessa tarde visitei o Museu Oscar Niemeyer, o Jardim Botânico e mais uns jardins que tinham ficado por ver na outra vez. Assi Curitiba ficou quase toda vista. 



Fomos ainda a um evento do social da Gladys num shopping, onde fui apresentada a toda a midia, fui entrevistada e tirei um monte de fotos. 
Também fui conhecer a Filomena e o marido que têm um restaurante de comida portuguesa chamado "Ora Pois", como não podia deixar de ser. Fomos ainda jantar todos batata assada recheada, eu escolhi recheio de bacon com requeijão. Uma delicia!


Para me despedir de Curitiba fomos a uma balada de Sertanejo, que para variar estava cheia de meninas lindas acabadas de sair da novela. 

domingo, 18 de dezembro de 2011

Ilha do Mel...

Estou viva!
Cheguei hoje à Ilha do Mel depois de uns dias em Curitiba. O Zé Mário está comigo, por isso não estou com Deus, estou com o bicho. Está sol, a água é quente e estou mais do que a aproveitar.

Fui de ônibus para Curitiba bem cedo na sexta com o Zé Mário atrás, atrasado para variar. A viagem que deveria ter durado 5h mais ou menos, dirou 7h em que fui praticamente sempre a dormir. Separei-me do Zé em Curitiba e aí fiquei por conta da Gladys. Entre reuniões, festas e passeios turísticos o tempo voou. 


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Matar saudades

Hoje dormi até tarde, efeitos pós El Divino, na verdade acordei cedo para ver se estava sol como sempre fazia, depois deixei-me adormecer ao som da chuva que caia fortemente lá fora. Andei a ler umas coisas e a fazer um trabalho da faculdade de tarde, até que o céu abriu e fui comer um milk shake gigante do Bob's com ovomaltine. Tão grande que foi o suficiente para ficar enjoada. Já bebi muitos sucos também e hoje quando o sol apareceu fui passear à volta da Lagoa como sempre gostei...e recordei que este é o cenário ideal para se viver uma história de amor.



De noite estive preparando a mochila e as coisas para ir para Curitiba e Ilha do Mel e fui ter com um menino amigo que ainda não tinha visto, bem rapidinho. 

Amanhã vou para Curitiba num ônibus cedo e de tarde tenho uma reunião com o editor, um fotografo e mais umas pessoas que estão interessadas em de algum modo tornar o frombrazilaveclove e toda a minha experiência já vivida cá num livro...vamos trocar ideias e ver o que rola. Fico em Curitiba até Domingo, depois vou para a Ilha do Mel. 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

E 4 meses depois...

Voltei ao meu país Tropical. Não estava mais aguentando e tive de regressar ao lugar onde me sinto realmente em casa - Floripa. Cheguei na terça de noite, a viagem fez-se muito bem, isto agora é como apanhar o barco que faz a ligação Barreiro - Lisboa. Quando dei conta já estava no Rio a fazer escala e o calor a entrar-me pelo corpo a dentro. A Priscila e o Vinicius foram buscar-me no aeroporto e fui para casa da Pri directo. Afinal a Magali ainda não está em Floripa, só a vamos buscar na semana que vem em Itajai e assim aproveito para ver como está a Lidinha. A Magali tem ficado na casa da Pri, com os seus outros 500 cachorros e na casa da família que adoptou a Lidinha, até que eu tome uma decisão sobre a nossa vida.
No dia seguinte fui cedo para a Lagoa, vou ficar a maior parte dos dias na casa onde o Zé Mário está vivendo agora, que por sinal é a antiga casa do Carlos, do Pedro, do João Tiago e do Gil, portanto sinto-me quase em casa. O tempo em Floripa mantém-se o clássico, encoberto, muito calor e aguaceiros de vez em quando...por isso não deu para ir na Mole mas aproveitei para pôr crédito no meu celular, para trocar dinheiro e mais umas coisas importantes. Fui à UFSC com o Zé e lá encontrei o Alex e depois fomos almoçar num buffet com o Lobo que também veio cá passar as férias. Que bem me soube este almoço, sentia uma falta de saborear o feijão e a farofa e a saborosa fruta... À tarde fomos no terminal de ônibus comprar a passagem para Curitiba, vou para lá na sexta e também fomos no Shopping Beira Mar comprar o ingresso para irmos no El Divino à noite. Quartaneja é sagrada! :)
Jantarzinho, o clássico esquenta e segui com o Zé Mário e o Papi para o El Divino. Uma noite à altura com direito a tudo ou não se tratasse do El Divino, dancei desde Sertanejo ao Funk e ainda conheci uns portugas que estão cá também de férias, boa gente.