terça-feira, 26 de julho de 2011

A magia da selva...

Não conseguirei certamente transmitir metade do que senti nos dias em que estive em plena selva amazónica...a selva de noite é totalmente diferente da selva durante o dia, em que apesar de tudo vejo o que está à minha volta. O que tem de encantador tem de assustador! De noite o céu estrelado apodera-se de tudo à nossa volta, reflecte no rio e parece que todo o universo se resume aquela dimensão. Está tudo escuro e só se ouve o barulho de fundo da floresta. Os grilos, os sapos e os pirilampos são os reis da noite, até que ao longe se começam a ver no meio do escuro os olhos vermelhos dos crocodilos. À medida que vamos avançando à procura de crocodilos vamos ficando cada vez mais embrenhados na floresta. Ouve-se o barco a bater nos troncos e ramos das árvores que na sua maioria estão metade submersas no rio e a outra metade está totalmente submersa. À medida que a vegetação fica mais densa o cheiro da selva e dos seus animais fica mais intenso. Foi a primeira vez durante estes meses no Brasil em que senti realmente medo!

Na verdade tenho muito respeito pela natureza, mais do que por qualquer outra coisa. Peguei num crocodilo bebé, tinha 5 meses e já assim teve um comportamento defensivo em relação a nós, humanos.

Durante a noite torna-se mais dificil ver as cobras que se passeiam por cima das árvores, mesmo por cima de nós. Vimos uma, com cerca de 2m, venenosa mas não nos atacou porque não estava com fome.


Quando estive na selva, tive a sensação constante de que as minhas hormonas estavam aos saltos. Não sei se é do calor, se do cheiro da selva, se da humidade existente no ar. Acho que isto justifica o apetite sexual dos nativos e ainda o porquê de famílias muito pobres estarem cheias de crianças.

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